domingo, 19 de dezembro de 2010

Diariamente


Simples e pacientemente é a forma de viver que alcanço diariamente.
Essa música me ajuda muito. "Para todas as coisas, dicionário.
Para que fiquem prontas, paciência."
Como diz Clarice: "Cada vez mais acho tudo uma questão de paciência,
de amor criando paciência, de paciência criando amor."
Ou então D.Adélia:"Sem paciência a beleza turva-se".
Não quero perder a beleza das coisas e das pessoas por falta de paciência.
Concede-me, Pai, essa virtude.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CHUVA DE VERÃO


Barulho de trovão
anunciando boa chuva
na tarde quente,
no chão seco do meu coração.

Barulho de trovão
anunciando que a vida é cíclica,
que posso estremecer diante dos mistérios.

Mistério do trovão
que me traz pequena
esperando o espetáculo em gotas,
o cheiro de tudo molhado.

Saudade do trovão
e das boas impressões que me causa,
da expectativa que me trazia 
de ver o arco-íris logo depois.

Ouço o trovão
e seu barulho bom
me pacifica toda 
anunciando
que ainda moro em mim.

Bom som

Para quem gosta de bom som, uma linda poesia na voz maravilhosa de Maria Rita!



A Medida do Meu Coração
Composição: Ricardo Silveira e Pedro Luis
Dizer que não foi bom pra mim
Fingir que não aconteceu
Querer que o tempo volte atrás
Por ti ou por qualquer razão
São coisas que jamais farei
Não cabem na medida do meu coração
Um dia o sol esclareceu
Que a vida é mais que essa paixão
Sorri ao tempo, me falou
Seu amanhã já começou
Eu visto as notas da canção
Com versos na medida do meu coração
Saudade, é claro, todo mundo sente
Não pode é ser maior do que a gente é
Tinjo a imensidão
Com tintas na medida do meu caro coração
Voltar para o mesmo lugar
É impossível, irreal
Viver é qual o correr de um rio
Jamais retorna
Achei o que é melhor pra mim
E o tempo já me deu seu sim
E meu samba-canção
Revela a medida do meu coração

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

JOÃO DE YEPES

São João da Cruz. Frei Carmelita, poeta, sacerdote, amigo de Santa Teresa.
Santo apaixonado por Deus, místico, misteriosamente simples, sendo considerado por alguns por muito complexo. Baixinho que revolucionou seu tempo e ainda hoje mostra-nos a beleza de amar o Amor.

“Frei João da Cruz, alma transformada em Deus, sentiu como ninguém o sopro carismático da poesia, esse sopro misterioso que estremece as entranhas do espírito com a violência de uma invasão divina. Toda poesia é uma dádiva de graça e amor. A de São João da Cruz  é além disso uma mensagem divina: descobrir Deus nas criaturas, contemplá-las “vestidas de sua formosura”, surpreender a “passagem” de Deus que vai “mil graças derramando” por onde quer que passe. Tudo isso é levar as coisas a Deus, sua fonte e princípio. Sublime missão sacerdotal da poesia de São João da Cruz.”(Obras Completas de São João da Cruz).
São João da Cruz, reza por nós!


 Para vir a saborear tudo
Para vir a saborear tudo,
não queiras ter gosto em nada.
Para chegar a saber tudo
não queiras saber algo em nada.
Para chegar a possuir tudo,
não queiras possuir algo em nada.
Para chegar a ser tudo,
não queiras ser algo em nada.

Para chegar ao que não gostas,
hás-de ir por onde não gostas.
Para chegar ao que não sabes,
hás-de ir por onde não sabes.
Para chegar a possuir o que não possuis,
hás-de ir por onde não possuis.
Para chegar ao que não és,
hás-de ir por onde não és.

Quando reparas em algo,
deixas de lançar-te ao todo.
Para chegar de todo a tudo,
hás-de afastar-te de todo em tudo.
E quando chegues de todo a ter,
hás-de tê-lo sem nada querer.

Quando já não o queria,
tenho tudo sem querer.
Quanto mais eu tê-lo quis,
com tanto menos me vejo.
Quanto mais buscá-lo quis,
com tanto menos me vejo.
Quando menos o queria,
tenho tudo sem querer.
Já por aqui não há caminho,
porque para o justo não há lei;
para si ele é a lei.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Eu Fui!!

Ontem visitei um lugar muito legal, onde a natureza me refez, como sempre.
Além, é claro, da presença dos amigos e da aventura radical!
Muito bom conhecer. Indico para quem gosta de natureza, animais, esportes radicais, beleza.
Conheça: http://www.ypark.com.br






Obrigada amigos que me levaram lá!
Poema "Grande desejo", Adélia Prado

Não sou matrona, mãe dos Gracos, Cornélia,
sou é mulher do povo, mãe de filhos, Adélia.
Faço comida e como.
Aos domingos bato o osso no prato pra chamar o cachorro
e atiro os restos.
Quando dói, grito ai,
quando é bom, fico bruta.
As sensibilidades sem governo.
Mas tenho meus prantos,
claridades atrás do estômago humilde
e fortíssima voz pra cânticos de festa.
Quando escrever o livro com o meu nome
e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,
a uma lápide, a um descampado,
para chorar, chorar, e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.

D. Adélia

Hoje completa mais um ano de vida uma pessoa muito especial.
Pessoa que me ajuda a me compreender e ser melhor e mais autêntica.
Mulher que encontra o encanto de cada dia, todos os dias.
Poeta que dispensa alarde, e que ganha atenção quando aparece.
Sou apaixonada por seus versos, mais ainda por seu coração.
Adélia Prado, parabéns! Sua vida faz diferença para mim.